Mentirinhas #562 - Mentirinhas

09 de janeiro, 2014 Postado em: Mentirinhas

mentirinhas_553Bem lá no fundo não somos tão diferentes.

 

comentários

24 Comentários

  • Ricardo disse:

    Tai uma coisa pra se pensar. Minha namorada é mais Radical enquanto eu sou mais conservador.
    Lógico não vamos defender gente que nasce com o dom da coisa e sente prazer no que faz.

    Eu questiono é aquela pessoa que esta desesperada, precisa alimentar a família e chega a situação de roubar.

    Mais uma vez vc surpreendendo com as melhores tirinhas Coala!!!

    • Jo´se Silva disse:

      Um para-choque de caminhão já informava muito elegantemente:

      “Deseje ao outro o dobro do que ele deseja a você.”

      Simples assim, em qualquer situação prevalece.

  • Preto Pobre disse:

    Fábio, me tira uma dúvida?
    Em eventos semelhantes a este em que dois ou mais quadrinhos são iguais, rola um ctrl C + ctrl V, ou o artista desenha várias vezes a mesma ilustração? Longe de mim por em prova sua capacidade, é só uma curiosidade mesmo.

    Quanto ao caso da história de hoje, aconteceu algo muito semelhante comigo:

    Eu ia pro trabalho de bicicleta quando tinha 19 anos. Além de saudável, eu vendia os vale transportes pra engrossar o din din.
    Numa bela tarde, lá estava eu montado na magrela e do nada apareceu uma velhinha que resolveu atravessar a rua sem olhar pros lados (imaginem a Dona Anésia do “Willtirando”). Não dava pra subir para a calçada… Era atropelar a véia ou arriscar uma manobra radical para a direita, aonde tinham vários carros passando. Bom, arrisquei a manobra e fatalmente um carro me acertou em cheio. Voei (aaaa, o sabor de poder voar, não pera…) uns 10 metros. Quando aterrissei, acho que capotei mais uns 10 metros e me arrebentei todo. Pra vcs terem idéia, tive até derrame articular (tenho um dedo que até hj não meche por conta daquilo), e uma pedrinha de asfalto foi parar dentro da cartilagem do joelho. Juntou uma multidão em volta e de repente um velho filho do capiroto (imaginem o Luci do “umsabadoqualquer”) chegou bem perto e falou: “Se tiver morto pega a carteira, tira o dinheiro e deixa só os documento pq os bombeiros vão precisar!”. Claro que eu levantei a cabeça e gritei: “To vivo filho duma ronca e fuça!”.

    Levantei, tranquei o que sobrou da byke num poste e voltei pro trabalho para os procedimentos legais… Até rendeu uma indenização e 90 dias de recuperação. Quanto a velhinha da história, simplesmente atravessou a rua e nem olhou pra trás. A byke? Cortaram a corrente e roubaram, mesmo estando com perda total.

    Esta história realmente aconteceu…

    • Fábio Coala disse:

      Depende do tempo disponível =D

    • Ricardo disse:

      É complicado mesmo PP.

      O que mais me deixa puto é que tem gente que se aproveita da situação pra fazer isso.

      É como eu disse no meu comentario. Tem gente que nasceu com o Dom pra fazer esse tipo de coisa, e sente até prazer em cometer um ato desses.

      Na época em que trabalhei na Souza Cruz quando o Carro de entrega que eu trabalhava foi roubado, a polícia disse pra esperar que uma viatura estava a caminho e que não era pra mexer em nada. Eu tive que fazer dois serviços, acudir o motorista que estava em estado de choque e os curiosos que ficavam rodando em volta do carro todo aberto com que sobrou do cigarro que ainda restava no baú da Ducato.

    • Preto Pobre disse:

      Ricardo, resumindo de forma filosofal:

      Educação é o que vc tem na frente dos outros…
      Caráter é o que vc tem quando ninguém está vendo.
      Pureza de espírito é o que vc faz quando há a possibilidade de sair impune a uma situação que ou te trará algum benefício ou te dará algum prazer.

      Lembra do filme: “Vc apertaria um botão para ganhar um milhão de dinheiros, sabendo que alguém do mundo morrerá se vc apertar?” Vc apertaria? Mole falar que “Não”. Queria ver se fosse na vida real…

    • Natália disse:

      Quantas possibilidades se abrem a partir de uma tirinha!
      Olha P. Pobre… de pobre vc não tem nada! Daqui a gente só leva mesmo é a experiência… Pode se considerar podre de rico!

    • Marechal disse:

      “Caráter é o que você tem quando ninguém está vendo”… profundo isso PP…
      Mas eu aperto o botão.

  • Rui disse:

    Não concordo. Somos todos diferentes. O problema é que as pessoas estão muito ocupadas com os seu próprios problemas, e estão sempre à espera, que as outras pessoas resolvam os problemas da comunidade de que as mesmas fazem parte, como por exemplo, a criminalidade, a violência, a falta de ética, a falta de educação, a falta de civismo, etc. Têm que ser as pessoas individualmente a fazer a diferença.
    Às vezes, eu faço a diferença. No parque público onde eu faço corrida, existem pessoas que metem os cachorros a beber água nos bebedouros públicos. Eu falo com as pessoas, mas existem algumas que não ligam. Por isso, já apresentei uma reclamação por e-mail para que as forças públicas de segurança vigiem estas situações, e para que o Município e o Governo criem leis contra esta falta de civismo.

  • Deko disse:

    Coala, você andou vendo aqueles videos que o pessoal anda dando surra em bandido ???

    é surpreendente…..digo, quando o bandido é pego pela “Vitima” e ela começa a se defender, acredito que a vitima tenha o direito de incapacitar o bandido ate a chegada de uma autoridade para prender o meliante.

    O problema é que muita gente “toma as dores” da vitima que reagiu e se deu bem e começa a sentar o sarrafo no marginal…

    Vi um vídeo onde o pessoal batia no bandido e mesmo ele não reagindo mais dava pra ouvir um “Ta vivo ainda! Ta vivo ainda”…o pessoal simplesmente perdeu controle….

    outro que presenciei foi o de um ladrão de celular, nesse dia eu fiquei para ver no que ia dar so de curioso….o que vi foi um espancamento maior que qualquer luta do UFC….mas quem me chamou mais atenção foi um motoqueiro que pelo que entendi, assistia tudo em cima da moto, quando o assaltante conseguiu fazer uma “disparada” para se salvar em direção a rua. O motoqueiro disparou e com o capacete que estava na mão acertou a cabeça do infeliz que foi ao chão….

    Coala que foi bombeiro deve ter uma ideia da pancada, velocidade + força + objeto duro e resistente como o capacete indo na cabeça de alguém…..não deve dar resultado bom

    • Fex disse:

      Esta não é uma questão muito simples.

      Mesmo que pareça absurdo à primeira vista, o sentimento de vingança compartilhado por grande parte da população, e que proporciona este tipo de linchamento é, em grande parte, fomentado pela impunidade. Um indivíduo médio que vive numa sociedade cujo sistema penal funciona acaba por vir a confiar no sistema, de tal forma que ele acredita que a sociedade vai dar ao infrator de seus direitos a devida punição. Isso diminui sua disposição em rebaixar-se à violência, até porque o sistema pode voltar-se contra ele.

      No Brasil, isso não acontece, por dois motivos. O primeiro é a inapetência da máquina pública, que é rápida e eficiente como um hipopótamo com trombose, o que faz com que uma percentagem muito pequena dos crimes violentos sejam punidos. O segundo é a própria lei penal brasileira, que é muito leniente. Mesmo quando um criminoso é punido, raramente é uma punição proporcional ao dano que causou.

      Por um lado isso aumenta a violência e o anestesiamento da empatia; por outro, o sentimento de impunidade de quem agride, inclusive dos linchadores e justiceiros. O antigo bordão “violência gera violência” é bastante real.

      Alguns hábitos brasileiros também pioram a situação. Por exemplo, a ostentação. Se numa situação normal, o abismo socioeconômico já favoreça a violência, com certeza a revolta do marginal paternalista e não-educado em relação a uma sociedade que lhe esfrega calçados de mil reais e todo um paraíso de consumo através de um vidro temperado, é muito maior; é apenas esperado que ele tente quebrar esse vidro se ele tiver uma arma. Você que defendeu que o idiota do camarote tem todo o direito de gastar o dinheiro dele como quiser, saiba que, apesar de tecnicamente correto, atitudes como a dele afetam a disposição do bandido em atirar em você durante o assalto.

      Obviamente que eu não levo a sério essa balela do pessoal dos direitos humanos, que tratam bandidos como meras vítimas da sociedade; estivessem eles corretos, viveríamos na completa barbárie. Mas a psicologia, a antropologia e a sociologia têm evidência bastante sólidas de que estes são fatores a serem considerados, ainda que não sejam determinantes.

      No fim das contas, a verdade é que as maiores violências do país são cometidas por homens de terno de gravata em carros de luxo.

  • Milani disse:

    Excelente reflexão… além dos “iguais” no agir, existem ainda os “iguais” em não agir, como Einsten disse certa vez: o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer… é, quanto menos informações nas tirinhas, mais profundidade nas reflexões. Coala, parabéns por este estilo que, talvez pelo meu pouco conhecimento, é bem singular!

  • Isis disse:

    Magnífico, Coala! É o típico pensamento “olho por olho” e “ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão” que infelizmente é tão comum. pior é que pensam que estão certos, não percebem que são tão bandidos quanto os seus alvos.
    Teve no meu Estado há anos atrás um caso em que um homem atirou em um rapaz de 17 anos que pulou o muro da casa dele para pegar uma bola que tinha caído lá. Não questiono o quão errado/absurdo foi isso, mas a população invadiu a casa do cara, quebrou tudo, desde móveis até telhas e paredes. Pegaram o cara, espancaram, esquartejaram e espalharam pedaços do cara pela rua. Quando a polícia chegou só encontrou os pedaços e ninguém na rua. Pouco depois apareceu um vídeo nos programas sensacionalísticos. As pessoas batiam, gritavam e comemoravam, era uma coisa medonha. Pior é achar que isso é justiça.

  • Sylvia Tamie disse:

    O tema da tirinha em si é muito pertinente, mas eu queria elogiar em particular a escolha de perspectiva do Coala… Afinal, se ele mostrasse a cena mesmo não seria muito diferente dos programas sensacionalistas que a gente critica tanto, né?

  • Preto Pobre disse:

    Já que a história de hoje gera mais polêmica do que mamilos masculinos, faço uma pergunta aos amigos:

    Justifica compensar um erro com outro?

    Ok, vcs falarão que não.

    Se alguém der uma bifa no teu filho, justifica vc quebrar os dentes do infeliz? Vcs falarão que pelos seus filhos, vcs matariam até o papa.

    Nossa filosofia instintiva diz que devemos eliminar os inadequados sociais, o que gera o excesso de legítima defesa justificada. Quem aqui é a favor de pena de morte para estupradores? Vc é contra? E se fosse sua filha com 12 anos de idade? Ainda é contra?

    Repito: Um erro não justifica outro erro, mas enquanto formos humanos com este grau de evolução espiritual, teremos esse senso de justiça (ainda que falho) de expurgar da sociedade os que nos atingem, seja lá de que forma for. A tirinha fala de ladrão, mas pararam pra pensar que poderia ser um Judeu, gay, negro ou um pobre? Pessoas “diferentes” que te atingem de alguma forma devem ser tiradas de circulação…

    Resta a pergunta: O que fazer com os meliantes que roubam, estupram, corrompem e matam? Deixar por conta de nossa exemplar justiça? Adotar o código de Hamurabi? Deixar por conta da população? Congelar até decidir o que fazer? Sei lá viu…

    • Milani disse:

      Importante observação PP… e tão polêmico quanto outros assuntos “preciosos”, como política, futebol e religião…
      O mais difícil para nós, simples seres humanos, é buscar compreender o fato gerador das ações, e não a ação isolada… como julgar uma criança agressiva, se ela foi agredida pelos pais durante toda a sua vida? E como não julgá-la se está agredindo quem não vivenciou isso? Nossa projeção de valores sempre estarão a frente do que é correto, do que é justo, até por que como definir adequadamente o que é justo? Cabe a cada um refletir sobre como podemos ser pessoas melhores, independente dos que nos cercam, e tentar sobreviver em uma sociedade onde infelizmente o senso comum é de tirar proveito de tudo.
      E para completar nosso problema, temos o famoso pensamento coletivo, que faz com que interesses de massa se sobreponham a iniciativas positivas e até certo ponto puras de lutar por uma sociedade mais humana.

    • Deko disse:

      apenas adicionando PP,

      Ate concordo com o que foi digitado e levanto o ponto para lembrar o que outros digitaram aqui: “O ponto de vista usado na tirinha”.

      concordei com o que você disse mas a ultima parte em que “Restam as perguntas” me faz pensar que levanta o outro ponto..”O que passa pela cabeça de um meliante?”

    • Rui disse:

      A moral, a ética, os valores e os princípios devem ser sempre seguidos. É necessário fazer sempre um esforço.
      No entanto, somos humanos, e por vezes, não conseguimos. Mas não é por não conseguirmos sempre, que vamos desistir.
      Dá muuuuito trabalho e conflitos com as outras pessoas, mas eu não desisto.

  • Mendes disse:

    Um tapa na cara da sociedade! Muito boa!

  • Mauricio Rotta disse:

    Tirinha bem esquerdista né, bandido é vítima de uma sociedade corrompida. Tadinho do bandido, leva ele pra casa.

    • Milani disse:

      Maurício, respeito sua opinião mas discordo dela… não vejo na tirinha uma defesa do bandido, vítima de uma sociedade corrompida… entendo que a sensibilização veio no sentido de analisarmos nosso próprio comportamento frente a situações como esta, em que não concordamos com a atitude mas que muitas vezes agimos de forma semelhante se isso for oportunizado. E as discussões estão acontecendo mais no sentido de como é difícil muitas vezes agir corretamente em uma sociedade injusta e com tantas pessoas que se perderam no sentido de liberdade e justiça.
      Mas como o próprio Coala já comentou várias vezes, a tirinha impacta cada um de forma diferente, por isso se para você aparentou defesa ao criminoso, tem o meu respeito.

  • Preto Pobre disse:

    24 horas depois, o post ainda gera comentários… Legal.

    Só uma coisa:

    Existem dois tipos de meliantes: O que age por desespero e o que age por malandragem. Um que botou a cara a tapa pra tentar alimentar o pirralho que tá em casa com o bucho roncando e o outro que acha que trabalhar é pra otários.

    Dois pesos, duas medidas, porém, uma lei. Tudo se embola e quem paga o pato é o pobre.

  • Yondaimee disse:

    A regra tinha que ser simples:

    Matou = Pena de morte
    Roubou = Pena de morte
    Estuprou = Tortura + pena de morte
    Matou em legitima defesa (comprovado) = Tratamento psicológico para não se sentir culpado

    e por ae vai, injusto é alguém sofrer as consequências porque a situação do outro está difícil

  • DihM2 disse:

    Podia ter caído uma gota de sangue no olho do anjo de pedra e dai ela ir escorrendo meio que formando uma lágrima. Acho que ia dar um toque a mais na tirinha. 🙂

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