Fico pensando sobre o que as próximas gerações de crianças irão ter como “entretenimento”…
Hoje tem PS. XBOX, tablet, smartphone, e mais um monte de tranqueiras que fazem com que nossas crianças tenham diversão garantida e abundante sem precisar mover uma fibra do glúteo.
E o pior: Não são só as crianças.
Fui do tempo (como a maioria de vcs) que se jogava futebol na rua e voltava pra casa sem a unha do dedão. Jogava bolinha de gude no chão de terra e voltava pra casa quase chorando pq perdi tudo. Soltava pipa com os amigos e as vezes me cortavam. Cansei de jogar Street Fighter no fliperama do Gabiru (até conseguir zerar com o Zangief com 100% de perfects).
Nossos amigos eram reais. Saíamos de casa nem que fosse pra jogar vídeo game na casa do moleque que tinha Atari…
E por incrível que pareça, namorar naquela época era mais emocionante. Não tinha essa papagaiada de mandar mensagem e esperar o resultado… Era olho no olho… Ou esperar 130 anos para a menina que vc gostava perceber que vc tava ali babando por ela.
Ok, tudo isso passou e está logo ali no passado bem recente. Mas juro que sinto saudade deste pretérito perfeito. Meu moleque se deixar fica 48 horas por dia enfado no vídeo game, mas como ele conseguiu queimar, não vou consertar tão cedo. Quero que ele aprenda que existe um mundo fora do quarto…
Falou bem PP. Eu fui ter meu primeiro video game com 15 anos de idade (sou de 85), na época que eu era menor que ia para a escola a maioria de meus amigos tinha mega drive, NES e SNES e eu nada. Meus pais não tinham muitas condições de me dar brinquedos caros e nem por isso eu deixei de ser feliz e mesmo quem tinha o tal do video game não era como hoje, o pessoal gostava de se encontrar para conversa, andar de bicicleta e tudo mais. Hoje em dia até os “rolês” de bicicleta são virtuais, os passeios são pelo google earth, nada mais faz sentido no real, parece que o virtual é melhor por ser mais prático.
PP, concordo que quando crianças nós éramos mais ativos que as crianças de hoje em dia, mas não dá pra por a culpa só nelas e nos eletrônicos.
Olhando no meu bairro, todos os terrenos baldios e lugares abertos que a gente ia empinar pipa, jogar bola, etc viraram prédios. As ruas que eram tranquilas estão cada vez mais cheias de carros. Minha irmã de 13 anos foi assaltada a 15 metros de casa.
São muitas coisas que mudaram e quando você sabe que as crianças estão em casa jogando video-game vc fica mais tranquilo, pq pelos menos estão mais seguras.
Concordo com o que vc falou. Esse reveilon eu fui visitar a nega véia (Rio de Janeiro) e dei umas bandas por onde eu me criei, pra matar saudade… Um terreno baldio aonde eu explodia coco de cachorro (er… enfiava cabeção de nego em bosta de cão e saia correndo, ok, eu era retardado) virou um baita prédio e o campo de santana (aonde aprendi a andar de bike) virou um meretrício arborizado.
Concordo que ter nossos pequenos sob nossos olhares é muito mais relaxante do que deixa-los “viver a vida” na rua. Tudo mudou… Mas essa progressão que estamos encarando mesclado a uma cultura tecnocrata me preocupa. O mundo está criando uma geração de “enclausurados-compulsivos”.
Me pergunto se daqui a alguns anos a necessidade de sair de casa será eliminada…
(imagina que louco: comércio 100% delivery, trabalho de casa, estudo de casa… Bom, para se reproduzir não sei como seria, mas a Microsoft daria um jeitinho…)
Não esqueçamos de alguns pais modernos que usam os eletrônicos para “acalmar” os filhos tanto em casa quanto na rua. Enquanto o moleque tá entretido “jogando” não dá trabalho.
Motivação: ‘Vá, continua chorando que já já te dou um motivo bom pra chorar de verdade’
O valor de um sorriso: “Como é? Me responde de novo que te arrebento o meio dos dentes”
Lógica: “porque eu sou sua mãe, fui eu que mandei e pronto”
Fé: “reze pra esse negócio não ter quebrado, reeeze”
Contorcionismo: “olha só essa sujeira no meio da suas costas,vá já limpar isso”
O valor do silêncio: “mais um piu e eu faço tu engoli o chinelo”
Esportes: “Se correr a pisa vai ser dobrada”
Economia: “ta pensando que to cagando dinheiro, é?”
Igualdade: “Sua irmã pode/tem/vai porque ela é mais velha e eu que decido.”
(P.S: frases da 100 minha mãe,da minha tia e da minha avó que me criaram.)
Fábio Coala!!! Parabéns!! olha só os comentários acima e veja como nos faz refletir tanto apenas com 2 quadrinhos. Adoro seu site, suas tirinhas, principalmente o monstro. Sempre que paro aqui pra ler os comentário fico mais admirada ainda com seu trabalho! sucesso!
Ó lá o bando de idosos do ultimo par de décadas do século XX reclamando de como o mundo está perdido… rs. Engraçado como todo mundo se acha mais sábio do que a geração anterior e melhores do que a geração posterior. Mas não se preocupe: aconteceu com vááááárias gerações antes de vocês e acontecerá com gerações ainda por muuuuuuuuito tempo depois da sua.
Quando vejo que revistas em quadrinhos, computadores e videogames estão com a o intuito de educar, fico bastante preocupado com essa nova geração perdida. Mas, diz Renato Russo que é preciso acreditar e que a escuridão é ainda pior que esta luz cinza, mas estamos vivos ainda.
Concordo com a Rosildis: nossos avós também diziam que a nossa geração estava perdida por causa dessa tal de televisão (que a minha avó chamava de máquina de fazer maluco).
Eu imagino o contrário. Imagina se acontece uma série de eventos que nós nem imaginamos e, daqui a 60 anos, um netinho chegar pra nós e perguntar: Vó, o que era essa tal de internet?
Umas chineladas exorcizam qualquer moleque encapetado…
Fico pensando sobre o que as próximas gerações de crianças irão ter como “entretenimento”…
Hoje tem PS. XBOX, tablet, smartphone, e mais um monte de tranqueiras que fazem com que nossas crianças tenham diversão garantida e abundante sem precisar mover uma fibra do glúteo.
E o pior: Não são só as crianças.
Fui do tempo (como a maioria de vcs) que se jogava futebol na rua e voltava pra casa sem a unha do dedão. Jogava bolinha de gude no chão de terra e voltava pra casa quase chorando pq perdi tudo. Soltava pipa com os amigos e as vezes me cortavam. Cansei de jogar Street Fighter no fliperama do Gabiru (até conseguir zerar com o Zangief com 100% de perfects).
Nossos amigos eram reais. Saíamos de casa nem que fosse pra jogar vídeo game na casa do moleque que tinha Atari…
E por incrível que pareça, namorar naquela época era mais emocionante. Não tinha essa papagaiada de mandar mensagem e esperar o resultado… Era olho no olho… Ou esperar 130 anos para a menina que vc gostava perceber que vc tava ali babando por ela.
Ok, tudo isso passou e está logo ali no passado bem recente. Mas juro que sinto saudade deste pretérito perfeito. Meu moleque se deixar fica 48 horas por dia enfado no vídeo game, mas como ele conseguiu queimar, não vou consertar tão cedo. Quero que ele aprenda que existe um mundo fora do quarto…
Concordo, PP…saudades do tempo em que se vivia “ao vivo”, e, no meu tempo , nem Atari .
Falou bem PP. Eu fui ter meu primeiro video game com 15 anos de idade (sou de 85), na época que eu era menor que ia para a escola a maioria de meus amigos tinha mega drive, NES e SNES e eu nada. Meus pais não tinham muitas condições de me dar brinquedos caros e nem por isso eu deixei de ser feliz e mesmo quem tinha o tal do video game não era como hoje, o pessoal gostava de se encontrar para conversa, andar de bicicleta e tudo mais. Hoje em dia até os “rolês” de bicicleta são virtuais, os passeios são pelo google earth, nada mais faz sentido no real, parece que o virtual é melhor por ser mais prático.
PP, concordo que quando crianças nós éramos mais ativos que as crianças de hoje em dia, mas não dá pra por a culpa só nelas e nos eletrônicos.
Olhando no meu bairro, todos os terrenos baldios e lugares abertos que a gente ia empinar pipa, jogar bola, etc viraram prédios. As ruas que eram tranquilas estão cada vez mais cheias de carros. Minha irmã de 13 anos foi assaltada a 15 metros de casa.
São muitas coisas que mudaram e quando você sabe que as crianças estão em casa jogando video-game vc fica mais tranquilo, pq pelos menos estão mais seguras.
Adrian,
Concordo com o que vc falou. Esse reveilon eu fui visitar a nega véia (Rio de Janeiro) e dei umas bandas por onde eu me criei, pra matar saudade… Um terreno baldio aonde eu explodia coco de cachorro (er… enfiava cabeção de nego em bosta de cão e saia correndo, ok, eu era retardado) virou um baita prédio e o campo de santana (aonde aprendi a andar de bike) virou um meretrício arborizado.
Concordo que ter nossos pequenos sob nossos olhares é muito mais relaxante do que deixa-los “viver a vida” na rua. Tudo mudou… Mas essa progressão que estamos encarando mesclado a uma cultura tecnocrata me preocupa. O mundo está criando uma geração de “enclausurados-compulsivos”.
Me pergunto se daqui a alguns anos a necessidade de sair de casa será eliminada…
(imagina que louco: comércio 100% delivery, trabalho de casa, estudo de casa… Bom, para se reproduzir não sei como seria, mas a Microsoft daria um jeitinho…)
Não esqueçamos de alguns pais modernos que usam os eletrônicos para “acalmar” os filhos tanto em casa quanto na rua. Enquanto o moleque tá entretido “jogando” não dá trabalho.
Coalito,
Sei lá se isso é acalmar ou se é uma desculpa para fugir da responsabilidade de por um freio no mini-capiroto…
Se bem que graças a essa tecnologia, hoje eu consigo acompanhar a mulher numa loja de sapatos.
O pior é que além de mimada a criança de hoje em dia tá usando Crocs…
Coisas que aprendemos na infância :
Motivação: ‘Vá, continua chorando que já já te dou um motivo bom pra chorar de verdade’
O valor de um sorriso: “Como é? Me responde de novo que te arrebento o meio dos dentes”
Lógica: “porque eu sou sua mãe, fui eu que mandei e pronto”
Fé: “reze pra esse negócio não ter quebrado, reeeze”
Contorcionismo: “olha só essa sujeira no meio da suas costas,vá já limpar isso”
O valor do silêncio: “mais um piu e eu faço tu engoli o chinelo”
Esportes: “Se correr a pisa vai ser dobrada”
Economia: “ta pensando que to cagando dinheiro, é?”
Igualdade: “Sua irmã pode/tem/vai porque ela é mais velha e eu que decido.”
(P.S: frases da 100 minha mãe,da minha tia e da minha avó que me criaram.)
Melhor frase tag do universo:
#cadavezqueumtabletéligadoumacriançaédesligada
Simplesmente foda.
Gostei dos detalhes de roupas e estilos de cabelo :p
Fábio Coala!!! Parabéns!! olha só os comentários acima e veja como nos faz refletir tanto apenas com 2 quadrinhos. Adoro seu site, suas tirinhas, principalmente o monstro. Sempre que paro aqui pra ler os comentário fico mais admirada ainda com seu trabalho! sucesso!
Ó lá o bando de idosos do ultimo par de décadas do século XX reclamando de como o mundo está perdido… rs. Engraçado como todo mundo se acha mais sábio do que a geração anterior e melhores do que a geração posterior. Mas não se preocupe: aconteceu com vááááárias gerações antes de vocês e acontecerá com gerações ainda por muuuuuuuuito tempo depois da sua.
Quando vejo que revistas em quadrinhos, computadores e videogames estão com a o intuito de educar, fico bastante preocupado com essa nova geração perdida. Mas, diz Renato Russo que é preciso acreditar e que a escuridão é ainda pior que esta luz cinza, mas estamos vivos ainda.
Abraços. Fabiano Caldeira.
Rapaz, o moloque de 1988 já tinha suvaco cabeludo! Q q eh isso homi!
Hahaha. Tb tinha reparado. Culpa do magnífico corte Mulet ou Chitãozinho e Xororó como minha mãe chama.
Ele já tem o Crocs, o que custa dar um Tablet também?
Concordo com a Rosildis: nossos avós também diziam que a nossa geração estava perdida por causa dessa tal de televisão (que a minha avó chamava de máquina de fazer maluco).
Eu imagino o contrário. Imagina se acontece uma série de eventos que nós nem imaginamos e, daqui a 60 anos, um netinho chegar pra nós e perguntar: Vó, o que era essa tal de internet?