Macacada - Mentirinhas

24 de janeiro, 2014 Postado em: Hq, Monstro

adaptacao

Esta história tem uma história. Assim que divulguei as fotos do protótipo da pelúcia do Monstro, recebi alguns emails muito especiais. Num deles, um pai pedia que, assim que estivesse disponível, eu lhe vendesse um monstrinho. Ele havia mudado de cidade e o seu filho estava com dificuldades para se adaptar. Usaria o Monstro pra tentar facilitar as coisas *-* Espero que tenha acontecido igual na HQ.

Isso me fez lembrar das vezes que mudei de escola ou até mesmo de trabalho e o quanto a gente se sente deslocado (por vezes apavorado) nos primeiros dias. Realmente um amigo pra fazer o meio de campo ajuda muito nessas horas.

Quanto aos outros emails, alguns ficarão guardados no coração por serem muito pessoais, outros servirão de inspiração para novas HQs.

comentários

12 Comentários

  • Robson disse:

    Maldito Movimento das Cebolas Cortadoras de Ninjas… Não, péra…

  • Preto Pobre disse:

    Tenho certeza que essa HQ fez com que todo mundo lembrasse de alguma passagem da vida…

    Meu exemplo pode até se encaixar com o de alguns de vcs:

    No começo da vida, estudei em uma escola que só ia até a quarta série. Amiguinhos ótimos, ninguém falava palavrão, um monte de criancinhas lindinhas.
    Quinta a oitava série, fui pra uma escola amaldiçoada por todos os capetas do mundo… Primeiro dia de aula jogaram um saco de diarréia na minha cabeça (e minha mãe tava junto!). Paredes pixadas, ultra violência (estilo Laranja Mecânica mesmo)… Professores que mandavam os alunos resolverem na porrada… Aconteceu de tudo. E eu, que era mais fraco que um canário velho, sofri intermináveis bulings.

    Segundo grau, namoro sério… Aquela sensação medonha de começo de namoro que vc não sabe bem o que fazer, não sabe bem o gosto da pessoa, não sabe se o perfume agradaria, não sabe se a pessoa se incomode que vc espirre parecendo um motor de patrola.. E o pior é que vc sempre erra quando acha que tá certo.

    Ai vc arruma um emprego numa cooperativa de catadores de latinhas de alumínio. Claro que para fazer uma média (E garantir o período de experiência), vc se mata de trabalhar e é claro, se destaca da galera que tem mais de 20 anos de casa. Isso faz com que todos te olhem atravessado e desejem ardentemente que vc morre de tétano na primeira oportunidade.

    Ai o aluguel fica caro e vc se muda para uma comunidade mais “econômica”. Chegando lá, de cara descobre que o vizinho da frente passa o dia todo escutando As Proibidonas do Funk. Sua mulher exige que vc vá dar um jeito e por falta de opção, vc vai lá bater na porta do jagunço. Essa é a hora que parece que o suicídio é a melhor opção… Resultado: o bairro todo comenta que o magrelo cor de nanquim que se mudou pra casa que tava vazia é um marrento e merece uma surra…

    Olha, to aceitando um monstro de presente viu… Por falar nisso: Coala, o estoque esgotou né? Vai ter uma segunda produção quando?

    • Alan disse:

      A solução que tomei para isso foi simples, eu fiz três artes marciais e me dediquei em cada delas.
      Sempre que um mané vinha com graça o pau comia.

  • Marechal disse:

    Bom dia, Coala… bateu fundo nessa. Eu que nunca estudei mais que dois anos na mesma escola (minha família mudava muito) precisava ter um Monstro na infância… apesar que na minha infância, nem voc~e era nascido.
    Para me adaptar, e não sofrer buling (como o PP aí acima), eu me tornavo o p´roprio “MONSTRO”: encarava os brigões, defendia os menores, peitava de igual para igual nego (nada pessoal, PP, sem racismo) com o dobro do meu tamanho, apanhava muito, batia também, mas não chorava nem pedia arrego. Tinha suas vantagens, as meninas acabavam me adorando, e, como sempre fui inteligente (atnção ao verbo:fui), me dava bem nas aulas das matérias mais difíceis e era bem quisto pelos professores. Com isso, quem muitas vezes queria acabar com a minha raça, ficava nas minhas mãos quando precisava estudar para provas de matemática, física,etc. É… eu era um verdadeiro gênio do mal.
    E achei minhas moedinhas.

    • Michel Roberto disse:

      Usei a mesma estratégia Marechal, mas logo percebi que melhor que me arrebentar todo para conquistar respeito, o que nem sempre funcionava, era fazer de tudo para passar despercebido. E a ajuda nas matérias mais difíceis eu usava para contratar guarda-costas, geralmente uns três ou quatro, bem mais funcional e menos doloroso.

    • Marechal disse:

      Bem bolado, Michel… mas não dava para eu passar desapercebido, não é da minha natureza. E aprendi que valentões só te enchem se você demonstrar medo, se encarar, eles te respeitam e deixam em paz. Alguns até ficam com medo de encarar de volta (ser novo no pedaço e peitar alguém maior no primeiro dia é o mesmo que dizer “você não sabe com quem está lidando, já derrubei gente com o dobro do teu tamanho”).

    • Preto Pobre disse:

      KKKk se naquela época eu encarasse alguém com o dobro do meu tamanho (em largura), com certeza o cara seria muito magro…

      Mas sabe a grande vantagem disso tudo? Para que eu não morresse de tanto apanhar, minha mãe deu um jeito de me colocar no karatê. Ou seja, pagar para apanhar. No início odiei, mas acabei me acostumando e hoje sou segundo dan e dou aula todos os fins de semana para a molecada que não tem condições $$ de bancar. Por falar nisso, esse domingo tem campeonato. Se eu sobreviver, vou contar para vcs como foi. Bom findi pra vocês!

  • Fex disse:

    Eu teria apreciado um Monstro pra me empurrar. E um grandão assim mesmo, pra eu nem ter chance de lutar contra.

  • Mônica disse:

    Tô precisando de um monstro *-*

  • Yondaimee disse:

    Como não fiz o “prézinho” entrei com uns 2/3 anos a menos do que o “normal”, ou seja, eu era o menor da sala até praticamente o 2º grau.

    Quando estava na 6ª todo trimestre tinha que explicar que eu não era nem da turma da 3ª nem da 4ª e sim da 6ª mesmo.

    Como o Coala disse: “[…]um amigo pra fazer o meio de campo ajuda muito nessas horas.” sorte que eu tinha os melhores no meu time

  • flavia disse:

    preciso de um para me ajudar tanto a escrever quanto a defender minha tese de mestrado….

    gostaria de ter tido um na minha infancia para poder me ajudar a fazer amigos e sair mais com a molecada tanto da escola quanto da rua….

  • Ana Cláudia Marques disse:

    Nada como um Monstro para amansar as feras da escola…
    Minha vida de escola não chegou a ser um inferno em vida mas também não foi nenhum mar de rosas. Em resumo: escola sem nada daquele lugar-comum irreal de “risonha e franca”, o que significa que também já precisei apelar para Deus e o mundo e até para a ignorância. Fazer o quê, não é?
    Mas adorei a estorinha. Quem dera existissem monstros assim para amenizar a vida na escola de toda criança… Parabéns, amigo Coala!

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